02/02/09

My private diary transcript!Po

" Cheguei ao Picoas Plaza pela manhãzinha, como quem diz, pelas 9 e tal da manhã – cerca de 35 minutos antes do previsto. (denote-se, portanto, a minha imensa paranóia de chegar atrasada.)
Chegado ao local, deparei-me com meia dúzia de esplanadas vazias.
“Bolas, não sei como é o senhor.”

Basicamente, sempre que passava um senhor com cara de “XXXXXX-Isso-querias-tu!”, que, sendo um nome normal e português, encaixava em qualquer espécimen com pêlos faciais, melhor, do sexo masculino, o pensamento: “z0mg. Sera, sera?”, num sotaque espanhol, ressoava-me pela cabeça. Tanto quanto sabia, podia ter 12 anos e ser um enfant terrible – algo que achei bastante engraçado e assustador – como ter 65 anos – algo que também achei bastante assustador e engraçado.
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Bom, eventualmente sentei-me numa esplanada a ler Atlas Shrugghed, à espera que o relógio mudasse para as 9.55 - 5 minutos antes da hora combinada - com o propósito de mandar uma mensagem a dizer o nome do café, para não parecer muito estranha por estar lá 30 minutos antes.
Verdade se diga, não sei se li muito. Entre parágrafos lá olhava para o telemóvel a ver as horas. Sei que a Dagny – protagonista do livro – se encontrava num comboio e que ia ter com o cientista que trabalhava com ela para descobrir o funcionamento daquele motor electroestático, e acabara de pedir jantar para dois: ela e um sujeito desempregado, que afirmava ter sido o impulsionador da nova lei com base na necessidade – Caros leitores, leiam o livro! Encomendem de Inglaterra, como eu fiz, se for necessário! Entretanto, a meio do discurso do desempregado reparei que eram horas e comecei a escrever uma mensagem: “Estou no café tal quê e tal” – pressing send, quando, pling: new message – como o meu telemóvel é awesome, apareceu o conteúdo da mensagem: “Estou no café tal e tal, no canto circular da divisão 2D. Factorial de 4875839729298!” – Ok. Não foi isto, felizmente. Mas basicamente, estava do lado de dentro do lugar. “OH SNAP. Deixei o senhor à espera. OH NÃO--”
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Maria chica, foge!” – interrompeu-me o subconsciente espanhol – qual é a coisa pelo espanhol, mesmo?
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Assim, caminhei para a entrevista, com uma cara interior de quem acabou de trincar um grandessíssimo limão e um pseudo-sorriso de quem está prestes a virar costas e fugir – acho eu.
Falando em termos de Ultima Online, isto equiparava-se a quando, basicamente, um nOOb entra a correr para um portal que acabou de ser aberto por um PK l337, onde possivelmente iria perder a cabeça e ser humilhado para sempre e perdido algures na grande Realm... para sempre um fantasma a dizer OooooOoooOOOooOOoooooOOoo.
Felizmente não aconteceu tal (im)provável cenário. Uau! Não tinha 12 anos! Não fez o tal gesto estereotipado que as mulheres negras fazem enquanto estalam os dedos e fazem um ruído desaprovador com os lábios. Não disse “Lmao you can’t match MIT’s awesomeness you lamezord.”, nem “Lmao. Asians. We have too many.”, nem "YOU SUCK [/unreal tournment voice]", nem “Orly, k lol kthx bye 5 min GTG dewd.” and nem se transformou num bicho de 7 cabeças e me mordeu um joelho e também não se transformou numa chimera... Nem... ok já chega. Resumindo, era uma pessoa!
Ok, era agora que devia dar detalhes sobre a ENTREVISTA EM SI mas devido ao estado ultra, ultra, ultra nervosismo em que eu estava, não me lembro de quase nada.
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1º minuto “Olá, tudo bem? Ah, és a Maria.
2º minuto “Não vou avaliar o teu inglês mas a tua entrevista vai ser em inglês.” Pensem o que quiserem mas se eu estivesse no lugar do senhor acrescentaria um “lmao” mental à frase – eu bem sei que foi isso que aconteceu!

WHAT THE WHAT. WHAT. WHAT WHAT WHAT. Acho que a minha cara do limão ultra amargo revelou-se.
Tell me a bit about yourself.” – I probably vomited everything I could think of, which was very little since I was: “zomg so scared”. I *think* I talked about my band, music, rockets.
Rockets ay? Well tell me about that.” Ahhh so like. Ahhh Rockets are like. Ahhm. Ahhhhhhhhhhhhhhm. Ultra Aaaaaaaaahm.
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I did went blank on some stuff and that was sad - Uber sad. Made me sound pretty lame. D: Anyway, my interviewer said something about "at MIT you have a huge variety of people and characteristic [body] odours!" so you can get a gist of it. Lmao. My interviewer was awesome, seriously! Somehow it reminded me of the judges on my Music Exam... Ok this has zero to do with the interview but last year on my final oral exam, 2 judges (out of 4 T^T) were really cool and made sort of jokes and stuff to make you confortable and less nervous. I think it helps. Dear MIT, keep recruiting cool people like this one! Well, like me*gets shot*"

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